O modelo de trabalho mudou radicalmente e em definitivo nos últimos meses – o trabalho flexível veio para ficar!
Líderes e colaboradores concordam e percecionam múltiplas vantagens neste modelo, destacando a menor formalidade, um ambiente de trabalho mais personalizado e maior lugar à dimensão pessoal. Maior produtividade, redução de custos e avanços em matéria de sustentabilidade foram benefícios igualmente assinalados neste estudo, realizado em parceria pela Boston Consulting Group, KRC Research e Microsoft.
Este nível de satisfação geral não é isento de desafios. A maioria dos colaboradores reporta maiores dificuldades no reforço da cultura da empresa, sente falta de vínculos mais duradouros com a equipa e observa-se uma tendência para o trabalho em silos. Os líderes, por seu turno, ainda estão a aprender como delegar e capacitar equipas em contexto remoto, e manter a clareza e foco nos KPIs a alcançar.
A menor capacidade em manter a “cola” tem um impacto pálpavel no abrandar dos processos de inovação nas organizações – redução de 14 pp, quando comparado com o ano transacto. Nas empresas menos preparadas para responder a contextos de mudança, este travão é ainda mais evidente, sendo coadjuvado por uma maior dificuldade em fazer perdurar uma cultura de propósito, e de promoção da tomada de decisão e experimentação de formas alternativas na resolução de problemas.
A retenção de talento não é linear. É certo que este modelo de trabalho híbrido é valorizado em larga medida e trouxe uma maior flexibilidade na gestão da vida das pessoas, mas tem que ser acompanhado por uma gestão de tempo mais equilibrada, pela promoção de autonomia, por uma cultura de diálogo e de valorização de diferentes perspectivas. Equipas com a capacidade de escolher a forma como pretendem trabalhar, impulsionam a inovação e oferecem resultados superiores. Ferramentas com o Microsoft Teams ajudam as pessoas a gerir o seu tempo da melhor forma, a manterem-se em contacto com os colegas e a adquirirem novos skills e competências.
A esmagadora maioria dos líderes inquiridos, independentemente do nível de inovação presente na sua organização, encontra na tecnologia a aposta para pivotar e navegar o presente e assinala o seu contributo para uma maior probabilidade de prosperar no futuro. Corroborando esta premissa, são inúmeras as referências públicas ao “salto tecnológico” realizado num tão curto espaço de tempo.
Importa referir que a adoção tecnológica é essencial mas não é uma solução por si só. Tem de ser acompanhada pela requalificação tecnológica dos colaboradores, e ocorrer em duas frentes: formação para utilização da tecnologia e com vista à obtenção de novas competências. Desta forma, as pessoas vão conseguir tirar partido das soluções e desbloquear a colaboração, criatividade e processos de inovação. Abrindo-se assim a oportunidade para as organizações contruirem um negócio sustentável e atrairem talentos mais diversificados.