Como Chief Financial Officer, acredito que a inovação é fundamental para manter a competitividade das organizações e garantir a sustentabilidade a longo prazo. No setor financeiro, a inovação tem sido cada vez mais importante para a promoção de novos serviços, aumentar a eficiência operacional e criar uma vantagem competitiva.
Com quase duas décadas em funções ligadas à área de controlo financeiro, em diferentes mercados, tenho visto do papel do CFO e das suas equipas beneficiar da constante evolução. Durante o conturbado período da pandemia, por exemplo, revelou-se crucial para manter as organizações em atividade. Agora, o tempo que vivemos exige-nos mesmo que sejamos mais “futuristas” e francos líderes da transformação das organizações.
De acordo com um estudo recente da Microsoft, “Economic Guardians of the Future”, a maioria dos líderes financeiros sente que lhes está a ser pedido que cumpram objetivos contraditórios: acelerar o ritmo da inovação enquanto protegem a confiança da marca e mitigam os riscos. Apontam, também, para a necessidade de redução de custos e aumento do crescimento para obter lucros a curto prazo. Tudo isto num contexto de grande incerteza económica.
O equilíbrio entre os níveis de automação e as pessoas – o ativo mais importante de uma organização – é crucial para o futuro da inovação financeira. A automação e a IA são fundamentais para ajudar a fazer evoluir o papel das equipas financeiras no apoio aos objetivos estratégicos das organizações e 82% dos líderes financeiros consideram estas duas tecnologias muito importantes nesse processo.
As ferramentas de automação de low e no-code ajudam a remover as barreiras informáticas permitindo que as pessoas se mantenham mais conectadas, colaborativas e prontas para enfrentar um trabalho mais estratégico. A implementação destas tecnologias permite libertar tempo valioso para que as equipas financeiras se concentrarem nas tarefas que impulsionam a estratégia do negócio.
O mesmo estudo demonstra também que 88% dos líderes financeiros se sentem sobrecarregados pelos dados da sua organização. Para responder a esta necessidade, temos hoje à nossa disposição uma série de ferramentas de análise de dados e IA que ajudam as empresas a tomar decisões mais informadas com base nos mesmos. Algumas dessas ferramentas incluem o Power BI, que permite visualizar e analisar dados de várias fontes, em tempo real, e o Azure Machine Learning da Microsoft, que fornece recursos de machine learning e IA para construir e implementar modelos personalizados.
Apesar de serem vistos como adversários da inovação, 79% dos líderes financeiros acreditam que para atender às necessidades futuras, têm de desempenhar um papel significativo na inovação empresarial e no reforço da transformação em toda a organização. Mas, para que isso seja possível, a capacitação da força de trabalho é crucial, com prioridade para a realização do trabalho, colaboração e inovação mais rápida.
Há muitos anos que estamos nesta jornada de transformação das nossas operações financeiras, através dos nossos produtos baseados em cloud com as nossas equipas a tirar partido da tecnologia de low e no-code para transformar processos empresariais. Estas iniciativas já nos pouparam mais de 977 horas de trabalho manual, por ano, com mais de 25 milhões de dólares poupados e um grande aumento de produtividade.
No entanto, esta transformação vai além da tecnologia. Estamos a reimaginar o que é possível, o que exigiu uma mudança cultural para reavaliar os nossos processos, eliminar os “pain points”, fomentar uma cultura de aprendizagem e inovação e capacitar as nossas equipas a fazer o melhor trabalho possível.