Manuel Pereira tem 38 anos, estudou Psicologia Clínica e trabalha como Exchange Support Escalation Engineer / Technic Lead. Passa o tempo livre com família e amigos, assim como com os seus 3 animais de estimação (um gato, uma gata e um cão). Adora construir modelos Lego de carros pequenos e grandes.
Saibam mais sobre o Manuel!
Conta-nos um pouco da tua história pessoal.
Comecei a estudar Psicologia Clínica pois a mente humana (e os seus processos) sempre me fascinou desde novo. Como sempre reparei nos detalhes, queria entender os “porquês” e “comos” no que diz respeito às interações das pessoas, assim como de que forma é que contribuições exteriores e experiências moldam a mente do indivíduo.
No entanto, tendo epilepsia desde os meus catorze anos, fiquei surpreendido como alguns colegas e futuros psicólogos olhavam para mim quando lhes contava que as minhas lesões eram resultado de várias convulsões ao longo da vida.
Mais tarde, após ter abandonado a faculdade com o curso incompleto, comecei a trabalhar em vários sítios nas mais variadas áreas, pois procurava sempre um novo desafio. Embora nunca me sentisse minimizado por ter epilepsia, frequentemente omiti este detalhe ao meu empregador, especificamente à gestão (mesmo quando tinham exemplos próprios de condições semelhantes através de família ou amigos).
Na Microsoft consigo dizer com confiança que estou contente por tudo o que atingi e aprendi, assim como consegui apoiar, ajudar e ter um impacto noutros todos os dias.
Como é que vês a Microsoft a viver a sua missão de ser uma empresa Diversa e Inclusiva?
Hoje, os meus colegas próximos sabem a minha condição e como reagir caso necessário, mas o mais importante é nunca me sentir visto ou catalogado como uma pessoa com epilepsia ou necessidades especiais. Sempre me senti como um colaborador orgulhoso, reconhecido pelo seu trabalho, que ajuda aos outros e se empenha acima de tudo. Não só isso, mas também sempre senti que os meus colegas e manager genuinamente se preocuparam com a minha saúde e descanso.
O que gostarias de dizer a quem se possa sentir representado pela tua história?
Como muitos dos meus colegas aqui, não escolhemos ou nunca quisemos ter as condições que temos. A vida já é bastante problemática sem elas. Como exemplo pessoal, senti-me devastado quando tinha 14 anos sabendo que esta condição era crónica, para além das contantes convulsões ao longo dos anos, até encontrar a medicação certa. Somando a ter epilepsia, perdi uma das pessoas mais importantes na minha vida assim que entrei na Microsoft: o meu pai. Mas se há algo que ele me ensinou foi a ser humilde, aprender, trabalhar arduamente e nunca desistir. Por isso, tudo o que eu posso dizer é para não te definires pela tua condição, mas por aquilo que queres e consegues atingir, como pessoa e ser humano, acima de tudo. Se não nos desafiarmos a nós próprios, as barreiras, os estereótipos e os comportamentos respetivos nunca serão deitados abaixo.
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